sábado, 11 de agosto de 2012

Limites, sim ou não?



                                                                                  Como saber a hora de dizer sim e a hora de dizer não? Aliais, perguntam-se, aflitos, muitos pais, há, de acordo com essas novas teorias, realmente uma hora de dizer não? Negar alguma coisa para os filhos parece um crime, um verdadeiro pecado atualmente, ou, no mínimo, um ato autoritário, um modelo antiquado de educar.

Muitos pais ficam com dificuldades ao tentarem colocar em prática aquelas ideias tão lindas que tinham em mente ao iniciarem o longo e delicado caminho da formação das novas gerações: “comigo vai ser tudo diferente; . não vou ser igual aos meus pais em nada...” afirmam, convictos.  Cheios de boas intenções lá vão eles e ... de repente, as coisas deixam de ser tão simples e fáceis. Ao contrário. O dia a dia parece se tornar muito, mas muito complicado mesmo.  Aí meu Deus, o que fazer?

Onde foi que eu errei? Perguntam – se, desesperados, os pais. Afinal, conversam , explicam, não agridem, não impõem, não batem , não castigam... e no fim, a vida está virando um verdadeiro inferno, quanto mais fazem ,  mais os filhos querem que se faça, já não sabem mais o que dizer, como agir, estão desesperados! Um belo dia, percebem se, admirados, a dizer “no meu tempo não era assim”, aquela frase odiável que ouviram tantas vezes e agora, quem diria, eles próprios a estão  dizendo, e o que é pior, resolveram “virar a mesa”, estão castigando os filhos, berrando, se descabelando, irritados, perdidos...

Parece o fim do mundo! Parece. Mas, felizmente, não é.

      É fundamental acreditar que dar limites aos filhos é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro. Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender  quais são os seus limites – e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. É necessário que a criança interiorize a ideia de que poderá fazer muitas, milhares, a maioria das coisas que deseja – mas nem tudo e nem sempre. Essa diferença pode parecer sutil, mas é fundamental. Entre satisfazer o próprio desejo e pensar no direito do outro, muitos tendem a preferir satisfazer o próprio desejo, ainda que por vezes, prejudique alguém.

      E nós os pais, queremos muito ver nossos filhos crescendo no rumo da felicidade, não queremos?  Então temos de ajudá-los  nisso.
      Porque ninguém, ao vir ao mundo, sabe o que é certo e o que é errado.  O ser humano, ao nascer, não tem ainda ética definida. E somos nós especialmente nós, os pais, que temos esta tarefa fundamental e espetacular – passar para as novas gerações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade.

      Então, se estamos todos de acordo, mãos à obra! Vai valer a pena!

     Trechos do livro, Limites sem trauma, de Tânia Zagury

1 comentários:

Estação OTICS Bangu - AP 5.1 disse...

É isso aí...não temos as respostas...não existem fórmulas, mas tornar nossos filhos especialmente nossos amigos é o que mais conta. Mãos a obra! A cada dia mãos a obra! Bjos, Ana Clara

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